e não estou falando das malas e caixas na minha frente, que tenho que despachar até sexta-feira a tarde, quer dizer também, porque também não sei quais objetos embalar primeiro.
estou voltando pro lugar de onde eu vim, e voltar nem sempre significa regredir. Talvez isso seja apenas uma coisa da minha cabeça, um mantra que fica ecoando várias e várias vezes numa forma de me certificar de que estou fazendo a coisa certa. Mas de uma coisa eu tenho certeza, foi preciso coragem pra tomar essa decisão tanto quanto pra deixar tudo pra trás e chegar onde estou agora.
só ouço as pessoas me questionando quanto aos planos para o futuro, mas parece que quanto mais o tempo passa, mais a gente aprende que quanto mais planos você faz, mais peças o destino prega em você. Por isso, desisti de ter planos, só tenho metas e sonhos, sem data prévia para realizações e validade.
quando criança sonhei em ser bailarina, depois dançarina e paquita (sem ter que pintar o cabelo, que fique claro). Aí fui crescendo e minhas ambições também, já quis ser maquiadora e veterinária. E por fim me apaixonei pelo direito e me casei com jornalismo.
a lição que eu tiro de tudo isso, é que se meus sonhos mudaram tanto ao longo de todos esses anos, por que achar que tudo tem que ser definitivo agora? O recomeço sempre me excitou, e isso sim é uma paixão antiga. Ao retomar as rédeas da minha vida, sinto o sangue correndo nas veias, sinto que sou capaz e que nada nem ninguém têm o direito de me dizer o contrário.
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